quinta-feira, 15 de outubro de 2015

COMO TER UM ABDÔMEN DEFINIDO EM DOIS PASSOS SIMPLES

Ter o abdômen definido é o objetivo, direto ou indireto, da maioria das pessoas que treinam. Este objetivo é tão popular que pra todo lugar que você olhe no mundo fitness, é possível encontrar livros, métodos e treinos especiais, tudo para que você finalmente consiga o famoso “abdômen trincado”. E todos esses programas possuem três coisas em comum:
– Eles não são de graça.
– Eles geralmente são desnecessariamente complexos e algumas vezes forçam você a fazer coisas absurdas (e até perigosas).
– Eles nunca funcionam.
Ter um abdômen definido é relativamente simples, mas isto não quer dizer que seja fácil. Independente de qual é o seu motivo para ter um abdômen definido, este texto vai mostrar como conseguir isso em dois passos simples, sem fórmulas mirabolantes, sem suplementos milagrosos ou de uma maneira que você precise usar o cartão de crédito.

1 – Mantenha-se em déficit calórico para perder gordura

Sabe aquele cara que nunca pisou numa academia, mas é magrelo, e de alguma forma tem o abdômen definido ? Pois é, você já tem um abdômen “definido” também, ele só não aparece devido a quantidade de gordura abdominal que você tem. Duvida ? Force o abdômen agora mesmo e passe os dedos, é bem possível que você consiga até sentir a divisão dos gomos, mas no espelho você não vai ver nada além do furo do seu umbigo.
Para que o abdômen consiga ver a luz do dia, você precisa perder gordura. Fora isso, não importa o que você faça, até que você diminua o percentual de gordura ele não vai aparecer.
Infelizmente, a gordura na região do abdômen demora mais para desaparecer – é a região mais chata do corpo pra perder gordura. Isto significa que você terá que ir perdendo gordura do corpo inteiro para então começar a ver o abdômen definir.
E por mais que propagandas de produtos e métodos tentem dizer que você pode perder gordura somente no abdômen e ficar “trincado” em semanas, isso é altamente improvável – redução local de gordura só acontece se sua genética permitir que você perca gordura de um determinado lugar primeiro, e geralmente não é na barriga.
Para definir o abdômen você terá que criar um déficit calórico e se manter nele até perder gordura suficiente para que o abdômen apareça. Em suma, você precisa fechar a boca. Não tem como fugir.
como definir o abdomen
Seja paciente. Homens geralmente precisam atingir cerca de 10% de gordura para que o abdômen fique definido, já mulheres precisam de 12-14% de gordura.

2 – Foque-se no treino pesado, mas não necessariamente do abdômen

Por mais que os olhos das pessoas brilhem ao ver treinos complexos com vários exercícios, dropsets e esquemas complicados de séries e repetições, os exercícios que mais vão influenciar o seu abdômen sempre serão estes dois:
  1. Empurrar pratos: quando você começar a ficar satisfeito, você empurra o prato em vez de continuar comendo por pura gula.
  2. Balançar a cabeça: quando alguém tentar sabotar seu plano te oferecendo alimentos que vão destruir a sua dieta, você balança a cabeça de um lado para o outro  e diz: “não, obrigado”.
A verdade é que definir o abdômen é mais uma questão de manter o percentual de gordura baixo do que treinar de maneira específica.
Porém, treinar pesado vai ajudar você a manter massa muscular e queimar gordura mais rápido. Além disso, muitos exercícios compostos, quando feitos com o máximo de carga, recrutam o abdômen. Por exemplo, se você faz levantamento terra e agachamento com pesos consideráveis, é bem provável que o seu abdômen já seja forte. Mesmo assim, você pode adicionar pelo menos dois exercícios específicos para abdômen, fazendo-os em dias alternados (exemplo: segunda, quarta e sexta) e com 3 séries de 8 a 15 repetições para cada exercício.
Também não é necessário criar raízes no chão e fazer 2 milhões de abdominais por série. Independente de qual exercício você escolher, foque-se na contração do abdômen em cada repetição e use cargas para sobrecarregar o músculo no número de sugerido de repetições.

O “segredo” para definir o abdômen

Por mais que as pessoas queiram lucrar nas suas costas querendo fornecer produtos e meios mais fáceis para definir o abdômen, no final, tudo vai depender de quanta gordura você consegue queimar para fazer o abdômen parecer e de alguns exercícios para dar ênfase aos gomos. O “segredo” real é ter paciência para chegar lá. Ao mesmo tempo que não é fácil, não é complexo como certas pessoas de má índole querem que você acredite.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

GENÉTICA RUIM: FATOR LIMITANTE OU DESCULPA ESFARRAPADA ?

Ter genética ruim é a desculpa número um para explicar a falta de resultados, seja no ganho de massa muscular ou perda de gordura. Mas até que ponto ela realmente influencia seus ganhos ?
genetica
“Genética” vem de uma palavra grega que significa “origem”, e se refere a estrutura molecular e funções dos nossos genes.
Genes são moléculas do nosso DNA que fornecem instruções para a criação de tipos especiais de proteínas que ensinam nossas células o que fazer, como construir muscular construir, criar ossos, carregar sinais nervosos, e por aí vai.
Enquanto todos nós temos os mesmos tipos de genes, nossa programação é diferente.
Por exemplo, as células que formam minhas retinas são programadas para terem um tom de azul, enquanto as suas podem ter outra cor. O mesmo ocorre para todos os aspectos do corpo.
Então sim, seus genes determinam quais serão seus grupos musculares mais fáceis de desenvolver, seus níveis de hormônios, quanta massa muscular você pode ter, quanta gordura você retém, e quais áreas você tem mais facilidade para armazená-la.
MAS… nossos genes não alteram os processos que o corpo usa para construir massa muscular ou perder gordura. Então, considerando que você não tenha uma doença que atrapalhe essas funções, você pode construir um corpo acima do comum, independente da sua genética.
Eu já auxiliei vários “hardgainers” a ganharem até 20kg em seu primeiro ou segundo ano de treino (sem drogas). Então, se você pensa que está destinado geneticamente a ser pequeno, fraco, ou gordo, você pode tirar essa desculpa do seu arsenal. O seu corpo contém as mesmas ferramentas para construir massa ou queimar gordura do que qualquer outra pessoa.
Obviamente, a genética vai ditar o quão difícil ou fácil será conquistar o seu objetivo. Algumas pessoas possuem naturalmente mais testosterona e hormônio do crescimento, algo que facilita o crescimento muscular e evita o ganho de gordura.
A genética também tem um papel no formato dos músculos. Nem todos podem ter um peitoral perfeitamente redondo ou um pico do bíceps igual ao do Arnold.
Mas nenhum destes argumentos são fatores limitantes. Não importa se você constrói massa muscular mais lentamente do que outras pessoas. Tanto que você esteja gerando evoluções regulares em direção ao seu objetivo, o tempo é irrelevante. De uma maneira geral, independente da “qualidade” da sua genética, é possível construir um corpo fora do comum em apenas alguns anos e mantê-lo pelo tempo que desejar.
Você poderá não conseguir construir um corpo digno dos deuses da estética, mas nem de longe sua genética será um fator limitante ao ponto de lhe impedir completamente de ter um corpo melhor e diferenciado, e é isso que importa.
Texto por Michael Matthews
Traduzido e adaptado por Hipertrofia.org

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

10 BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO PARA MULHERES

Não é raro entrar em uma academia e ver que a maioria das mulheres passam longe dos pesos e criam raízes nas máquinas de aeróbico. Muitas continuam ignorando o fato de que os benefícios da musculação para mulheres esmagam, atropelam, chutam os benefícios dos aeróbicos no que diz respeito a construir um corpo bonito e harmonioso. Aeróbicos têm o seu lugar na musculação, mas sozinhos ou sendo o principal foco do seu treino, jamais construirão o corpo que você quer.
Com isto fora do caminho, nós construimos uma lista com dez razões, para você mulher, deixar o elíptico de lado e invadir, sem medo, a área dos pesos.

1 –Acelera a queima de gordura quando combinada com aeróbicos

primeiramente bom dia
Aeróbicos sozinhos são péssimos para queima de gordura, pois o corpo tende a se adaptar muito rápido e logo você para de ver os efeitos esperados. Por isso, ano após ano, vemos as mesmas pessoas (com a mesma quantidade de gordura) correndo nas esteiras. Contudo, um estudo publicado no Jornal de Fisiologia Aplicada dos Estados Unidos mostrou que um trabalho simultâneo usando aeróbicos e treino com pesos, ampliou os efeitos metabólicos de ambos. Em suma, musculação com aeróbicos queimam mais gordura.
2 – Maior queima de gordura (24h por dia)
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Musculação (pesada) aumenta a velocidade do metabolismo e o efeito não se limita apenas ao horário do treino. Isto acontece devido ao aumento de mitocôndrias nas células. Sem entrar em detalhes técnicos, quanto mais isto acontecer, mais você queima gordura diariamente.
Vários estudos mostram que o treino pesado é capaz de fazer isto, enquanto aeróbicos em excesso fazem o contrário – quanto menos conteúdo mitocondrial nas células, menos queima de gordura. Na dúvida, escolha o treino pesado e não os aeróbicos.

3 – Vai desenhar o seu corpo

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A maioria das mulheres acham que a forma mais eficiente para desenhar o corpo é, novamente, através dos aeróbicos. Na verdade, a melhor maneira de “desenhar” o corpo é ganhando massa muscular. Quanto mais massa muscular, mais o seu corpo vai ganhar a forma que você deseja, enquanto fazer aeróbicos em excesso farão o contrário. Mais uma vez, o treino pesado sai ganhando.

4 – Mais energia

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Treinar pesado estimula a liberação de químicos no cérebro que farão você se sentir bem, alterando seu humor durante o restante do dia. Musculação é como se fosse uma terapia natural.

5 – Mais saúde cardíaca

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Musculação auxilia na redução do colesterol ruim (LDL) enquanto eleva o colesterol bom (HDL), que são fatores que podem influenciar positivamente a saúde cardíaca. O treino com pesos também aumenta a sensibilidade do corpo ao hormônio insulina, isto significa que o corpo é mais eficiente em usar carboidratos como energia e na hipertrofia, em vez de acumular gordura no corpo e sangue.

6 – Mais saúde mental

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Junto com os benefícios descritos no item 4, em estudos, a musculação se mostrou capaz de reduzir sintomas de depressão e ansiedade. Somado ao fato que o treino com pesos vai inevitavelmente melhorar o seu corpo, isto impactará de forma positiva em sua autoestima.

7 – Mais saúde óssea

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Osteoporose é um problema cada vez mais comum entre mulheres, principalmente pela falta de exercícios que sobrecarregam o corpo. Ao fazer musculação pesada, você estimula o corpo a aumentar a densidade óssea para se adaptar às cargas impostas pelo treino.

8 – Mais apetite sexual

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Mulheres produzem uma pequena quantidade de testosterona; este hormônio é capaz de influenciar o apetite sexual e o sentimento de bem estar. Treinamento com pesos é uma das maneiras mais efetivas para aumentar a testosterona naturalmente e amplificar estes efeitos. E fique tranquila, este aumento natural de testosterona só serve para gerar benefícios, você não vai ganhar características masculinas só porque está treinando pesado.

9 – Sono com mais qualidade

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Inúmeros estudos mostram que exercícios vigorosos como a musculação pode melhorar a qualidade e duração do sono, até mesmo podendo substituir alternativas farmacológicas.

10 – Mesmo que você treine pesado, você não ficará musculosa como um homem

Um dos mitos mais chatos sobre musculação para mulheres é a ideia de que treinar pesado vai transformar uma moça delicada no Incrivel Hulk! Mulheres não tem o aporte hormonal para isto, fazendo com que o resultado dos treinos pesados apenas realce suas curvas naturais, com aumento sutil na massa muscular. Isto se resume em mulheres com a parte superior tonificada, com bumbum e pernas maiores.
bom dia 11
Referências:
  1. Wang, L., Mascher, H., Psilander, N., Blomstrand, E., & Sahlin, K. (2011). Resistance exercise enhances the molecular signaling of mitochondrial biogenesis induced by endurance exercise in human skeletal muscle. Journal of applied physiology, 111(5), 1335-1344.
  2. Yan, Z., Okutsu, M., Akhtar, Y. N., & Lira, V. A. (2011). Regulation of exercise-induced fiber type transformation, mitochondrial biogenesis, and angiogenesis in skeletal muscle. Journal of Applied Physiology, 110(1), 264-274.
  3. Goldfarb, A. H., & Jamurtas, A. Z. (1997). ?-Endorphin response to exercise.Sports Medicine, 24(1), 8-16.
  4. Kraemer, W. J., Dziados, J. E., Marchitelli, L. J., Gordon, S. E., Harman, E. A., Mello, R., … & Triplett, N. T. (1993). Effects of different heavy-resistance exercise protocols on plasma beta-endorphin concentrations. Journal of Applied Physiology, 74(1), 450-459.
  5. Tambalis, K. D., Panagiotakos, D. B., Kavouras, S. A., & Sidossis, L. S. (2008). Responses of blood lipids to aerobic, resistance, and combined aerobic with resistance exercise training: a systematic review of current evidence.Angiology.
  6. Henriksen, E. J. (2002). Invited review: Effects of acute exercise and exercise training on insulin resistance. Journal of Applied Physiology, 93(2), 788-796.
  7. Dunn, A. L., Trivedi, M. H., & O’Neal, H. A. (2001). Physical activity dose–response effects on outcomes of depression and anxiety. Medicine & Science in Sports & Exercise.
  8. Kelley, G. A., Kelley, K. S., & Tran, Z. V. (2001). Resistance training and bone mineral density in women: a meta-analysis of controlled trials. American journal of physical medicine & rehabilitation, 80(1), 65-77.
  9. Layne, J. E., & Nelson, M. E. (1999). The effects of progressive resistance training on bone density: a review. Medicine and science in sports and exercise, 31(1), 25-30.
  10. Davis, S. R., & Tran, J. (2001). Testosterone influences libido and well being in women. Trends in Endocrinology & Metabolism, 12(1), 33-37.
  11. Yang, P. Y., Ho, K. H., Chen, H. C., & Chien, M. Y. (2012). Exercise training improves sleep quality in middle-aged and older adults with sleep problems: a systematic review. Journal of physiotherapy, 58(3), 157-163.
  12. Passos, G. S., Poyares, D. L. R., Santana, M. G., Tufik, S., & Mello, M. T. D. (2012). Is exercise an alternative treatment for chronic insomnia?. Clinics,67(6), 653-660.